quarta-feira, 4 de abril de 2012

UM METODO PERIGOSO - DICA DE FILME















Uma das fascinações que atrai a humanidade é o cinema como arte completa, no homem a sua psique vem sendo estudada e abordada por diversas maneiras, como cinéfilo comecei assistindo películas não clássicas, inclusive os filmes menos populares, como os de arte marciais e alguns de aventura, como a série Tarzan, e outros não relevantes para as grandes produções, mais desta vez vou escrever sobre um dos filmes que está em cartaz nos circuitos de filmes Cult nacional, pela ótica de cada expectador este longa pode ser mais um drama, ou um suspense, passando pelo imaginário de cada, como é bem peculiar de um dos diretores mais assistidos, mister Almodóvar, mais esclarecendo a direção de um método perigoso é de inteira responsabilidade de David Cronemberg, já conhecido pelos filmes anteriores “ A mosca , Marcas da violência,senhores do crime,coincidência ou não os três últimos com a colaboração do ator protagonista de “ Um método perigoso” – Viggo Mortensen.

Baseado no livro de John Kerr, O diretor usa Jung e Freud e seus princípios da psiquiatria para construir o processo de culpa, os dois atores protagonistas Michael Fassbender e Viggo Mortensen atrelam os conflitos naturais do ser humano á espiritualidade e aspectos oníricos, como característica de Freud, este atrela a sexualidade como princípio para qualquer fraqueza, entrelaçando este enredo, surge entre os dois um elo personificado,na atuação impecável de Keira Knightley,no papel de Sabina,paciente de Jung e aspirante a psiquiatra.

O filme aborda a relação de Sigmund Freud com seu principal discípulo – e posterior opositor – Carl Gustav Jung. No inicio do século XX, Jung inicia a colocar em prática um novo método que seu mentor, Freud ainda mantinha na teoria: a cura através da fala. A primeira paciente a ser tratada desse modo é Sabina, ma jovem russa atormentada por severas perturbações e crises de histeria.

Paralelamente, é enfocada a aproximação entre Freud e Jung e também o envolvimento deste último com a paciente, rompendo as barreiras éticas e trazendo um sério dano a sua reputação. Sabina curada estuda medicina e vem a tornar-se a primeira psicanalista do sexo feminino. Ao mesmo tempo, Jung começa a questionar os dogmas de Freud e a trilhar um caminho próprio, que irá não apenas afastá-lo do antigo mestre, mas também criar uma disputa que levará ao rompimento definitivo da amizade.

Como analista e critico das obras e profundo pesquisador das técnicas comportamentais não haverá questões polêmicas ou eqüidistantes da realidade, sempre haverá alguém que irá tentar brincar de Deus, discípulos pondo a prova a sapiciencia dos mestres, clientes, pra não usar a palavra paciente questionando a linha condutora do terapeuta, ou gurus driblando a Inteligência dos seguidores, o filme conduz a uma intrigante linha de raciocínio, a alma humana é repleta de meandros e arestas, cabe a quem se destina tocá-la, os que realmente optaram pelo humano e o dom da hospitalidade, pois antes de qualquer técnica ou experimento, quem sempre conduzirá ou será conduzido é um ser humano, em nenhum momento diferente ou em tal condição diante do universo, para completar, é um belíssimo filme, figurino impagável, que deixará o expectador atraído e interessado, elenco maravilhoso que ajuda a tornar o filme ainda mais fascinante.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

SAINDO DO PILOTO AUTOMATICO - MUDANDO A ROTA






Muitas pessoas que estão em um estado mental
extremamente confuso
começam a ajudar outras e começam a propor soluções. Estas pessoas têm
criado mais problemas do que os tem resolvido. Elas ainda não
resolveram sua própria consciência interna e se acham prontas para se
deparar com todo mundo e para resolver os problemas das outras
pessoas. Na verdade, desta maneira estão evitando a sua própria
realidade; não querem enfrentá-la. Querem permanecer engajadas em
algum outro lugar, com outras pessoas – isto lhes proporciona
uma boa ocupação, uma boa distração.
Sim, há problemas, eu concordo. Há grandes problemas. O mundo é um
inferno. Na vida encontramos a infelicidade, a pobreza, a violência,
todos os tipos de loucuras – isso éverdade –, mas, ainda assim,
eu insisto que o problema está na alma do indivíduo. O problema existe
porque os indivíduos estão vivendo um caos internamente. O caos total
não é nada além de um fenômeno combinado: todos nós derramamos o nosso
caos nele.
O mundo não é nada além de um relacionamento; estamos conectados um
com o outro. Se eu sou um neurótico e você é um neurótico, então o
relacionamento será ainda mais neurótico – a neurose será
multiplicada, não apenas duplicada. E todo mundo é neurótico; por isso
o mundo é neurótico. Adolf Hitler não surgiu de repente – nós o
criamos. O Vietnã não surgiu de repente – nós o criamos. É o nosso pus
que supura; é o nosso caos que custa caro. O início tem de estar com
você: você é o “problema do mundo”. Portanto, não evite a realidade do
seu mundo interior – essa é a primeira coisa.
Você é o problema, e a menos que você seja resolvido, qualquer coisa
que faça irá tornar as coisas mais complicadas. Primeiro coloque sua
casa em ordem – crie um cosmos lá.
Como você está, quando está interessado nos problemas da humanidade,
está interessado nos sintomas. Você pode não concordar, porque não
consegue enxergar a raiz, você só enxerga o sintoma. Um Buda está
interessado –, mas ele sabe onde está à raiz, e se esforça muito para
mudar essa raiz.
A pobreza não é a raiz, a raiz é a ambição. A pobreza é o
resultado. Você continua lutando contra a pobreza e nada vai
acontecer. A raiz é a ambição; a ambição tem de ser extirpada.
A guerra não é o problema; o problema é a agressividade
individual – a guerra é apenas a
acumulação da agressividade
individual. Você continua participando de passeatas de protesto, e a
guerra não vai ser detida. Isso não faz nenhuma diferença – suas
passeatas de protesto, tudo isso.
O problema não é a guerra. O problema é a agressão que está
dentro dos indivíduos. As pessoas não estão em paz consigo mesmas, por
isso a guerra tem de existir. Do contrário, essas pessoas vão
enlouquecer.
A cada década uma grande guerra é necessária para descarregar
a humanidade de suas neuroses.
O problema não é a guerra; o problema é a neurose individual.
Aqueles que se tornaram iluminados buscam as causas profundas das
coisas. Buda, Cristo, Khrisna, eles examinaram as raízes e tentaram
lhe dizer: Mude a raiz – é necessária uma transformação radical; as
reformas comuns não vão funcionar. Mas você pode não entender. Como eu
estou aqui, continuo falando sobre meditação, mas você não pode não
ver a relação, não perceber como a meditação está relacionada com a
guerra.
O meu entendimento é o seguinte: se pelo menos um por cento da
humanidade se tornar meditativo, as guerras vão desaparecer. E não há
outra maneira de pôr fim às guerras. Esse tanto de energia meditativa
tem de ser liberado. Se um por cento da humanidade – isso significa
uma entre cem pessoas – se tornar
meditativa, as coisas terão de ser
totalmente diferentes. A ambição será menor e, naturalmente, a pobreza
será menor. A pobreza não está aí porque as coisas são escassas; a
pobreza está aí porque as pessoas estão acumulando, porque as pessoas
são ambiciosas.
Viver o momento, viver no presente, viver amorosamente, viver em
amizade, cuidar... E o mundo será totalmente diferente. O indivíduo
tem de mudar, porque o mundo não é nada além de um fenômeno projetado
da alma individual. ( Osho, o guru contemporâneo,sanyassins seus primogênitos
)