O flerte com uma história de apelo mais emotivo ganha contornos de espiritismo. E não é a primeira vez que ele toca no tema. Em 1996, na injustiçada comédia de humor negro “Espíritos”, com Michael J. Fox, Jackson já havia falado sobre morte. E até mesmo em “O Senhor dos Anéis” o assunto surge, basta nos lembrarmos do mago Gandalf.
Se ao menos Jackson não floreasse tanto o filme, “Um Olhar do Paraíso” poderia se sair como um suspense emotivo - não confundir emotivo com sentimental. Tanto é que as melhores partes são justamente aquelas que tratam dos personagens vivos. Destaca-se aí a habilidade do cineasta em dirigir cenas de pura tensão. Ele só não precisava exagerar na caracterização do vilão, interpretado por Stanley Tucci, que foi indicado ao Oscar pelo papel. Está certo que um homem como aquele é visto como um monstro por qualquer um, mas não precisava, por exemplo, usar a sombra da armação dos óculos do personagem para acentuar a expressão perversa em suas sobrancelhas.
Excepcional entretenimento em 135mts,com a protagonista Susan Sarandon, que estava sumida das telonas.
Confira nas melhores salas.
Renato Silveira, especial para o blogger.
Nenhum comentário:
Postar um comentário