O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico[1], inicialmente relacionado a uma lesão cerebral mínima. Nos anos 1960, devido à dificuldade de comprovação da lesão, sua definição adquiriu uma perspectiva mais funcional, caracterizando-se como uma síndrome de conduta, tendo como sintoma primordial a atividade motora excessiva e o déficit de atenção(no entanto existe também o Distúrbio do déficit de atenção sem hiperatividade). O transtorno nasce com o indivíduo e já aparece na primeira infância, quase sempre acompanhando o indivíduo por toda a sua vida.
O indivíduo que tem TDAH (DDA), é inteligente, criativo e intuitivo mas não consegue realizar todo seu potencial em função do transtorno que tem 3 características principais: desatenção, impulsividade e hiperatividade (ou energia nervosa). Tem dificuldade em assistir uma palestra, ler um livro, sem que sua cabeça “voe” para bem longe perdida num turbilhão de pensamentos. Comete erros por falta de atenção a detalhes, faz várias coisas simultaneamente, ficando com vários projetos, tarefas por terminar e a cabeça remoendo todos os "tenho que". Quando motivado e/ou desafiado, tem uma hiperconcentração.
É desorganizado tanto internamente (mil pensamentos e idéias ao mesmo tempo), como externamente: mesa, gavetas, papéis, prazos, horários...
A impulsividade domina seu comportamento. Pode falar, comer, comprar, trabalhar, ficar em salas de bate papo da Internet, beber, jogar... Compulsivamente. Fala e/ou faz o que lhe vem na cabeça sem pensar se é adequado ou não, podendo causar muitos estragos. Costuma ser impaciente, irritadiço, "pavio curto" e com alterações de humor.
Muda com facilidade de metas, planos... é comum ter mais de um casamento ou relacionamento estável.
O TDAH (DDA) é um transtorno neurobiológico crônico, na sua grande maioria de origem genética.
Apesar do TDAH (DDA) atingir até 6% da população, é até hoje muito desconhecido, inclusive por muitos profissionais da saúde, que tratam apenas das suas conseqüências.
A falta do diagnóstico e tratamento correto gera grandes prejuízos na vida profissional, social, pessoal e afetiva do indivíduo sem que ele saiba o por que. Sem tratamento, outros distúrbios vão se associando (comorbidades), a auto-estima fica cada vez mais comprometida, e a pessoa vai se isolando do mundo, sentindo-se muitas vezes um "estranho fora do ninho".
CONSCIENTIZAÇÃO E TRATAMENTO
Após o diagnóstico, o tratamento abrange muita informação e conscientização do que é TDAH (DDA), psicoterapia estrutural e organizadora, terapia familiar ou de casal quando necessário.
Comprovadamente a terapia cognitiva comportamental é que dá melhores resultados.
O terapeuta deve funcionar como um treinador, dando instruções e sinalizando ("perceba como está se perdendo em detalhes... como está desviando de seu objetivo..., pare, volte àquele assunto...")
O foco da terapia deve ser a mudança de velhos hábitos que já se tornaram vícios: adiamento crônico, desorganização, pensamentos negativos... além do resgate da auto-confiança e da auto-estima, geralmente muito abaladas.
A medicação pode não funcionar sempre, mas em 80% dos casos ajuda a pessoa a concentrar-se, a terminar suas tarefas sem interrupções, reduzindo a ansiedade, a impulsividade, a irritabilidade e as oscilações de humor.
O uso do estimulante é fundamental quando há problemas de aprendizado e/ou decréscimo na capacidade profissional. No entanto, ela sozinha não faz milagres, nem cura o transtorno.
Se o TDAH (DDA) vier acompanhado de depressão, muitas vezes é necessária a inclusão de medicação antidepressiva mas é comum a depressão desaparecer apenas com o estimulante e psicoterapia, na medida em que os sintomas de TDAH (DDA) vão sendo administrados, controlados e a pessoa readquire seu controle interno.
- ALGUNS LIVROS PARA MAIORES INFORMAÇÕES DO DESCRITO.
No Mundo da Lua Paulo MattosEditora Lemos
Tendência à Distração Edward HallowellEditora Rocco
Transtorno de Déficit de Atenção/HiperatividadeRussell A. BarkleyEditora Artmed, 2002
Transtorno de Déficit de Atenção/HiperatividadeRussell A. BarkleyEditora Artmed, 2006
Transforme seu Cérebro, Transforme sua Vida Daniel G. AmenEditora Mercuryo
Transtorno de Déficit de Atenção: A Mente Desfocada em Crianças e Adultos Thomas E. BrownEditora Artmed, 2007
Princípios e Práticas em TDAH Luis Augusto Rohde,Paulo Mattos & Cols.Editora Artmed, 2003
Mentes Inquietas Ana Beatriz G. SilvaEditora Gente
TDA/TDAH Transtono de Déficitde Atenção e Hiperatividade Thomas W. PhelanEditora M. Books, 2005
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade - O que é?Como Ajudar?Luis Augusto Rohde & Edyleine B. P. BenczikEditora Artmed, 1999
TDAH nas EscolasGary Stoner, George J. DuPaulOrientações práticas para professores, educadores envolvidos com as necessidades de alunos com TDAHEditora M. Books, 2007
Melhorando a atenção e controlando a agitaçãoMaria Isabel Vicarieditora: A & Bedição: 2006
“Jayesh Junior, especial para o blogger ‘diversidade sustentável”
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